Como comprar a melhor cobrideira de chocolate — tudo o que você precisa saber.

Neste artigo você aprenderá sobre o processo de cobertura industrial com chocolate, verá como escolher os equipamentos certos para você, como comprar a melhor cobrideira de chocolate e as diferenças entre tamanhos e capacidades de produção, para ajudar você a tomar a melhor decisão e começar a produzir melhor.

Uma cobrideira é capaz de cobrir com facilidade praticamente qualquer coisa que você possa imaginar, com uma camada sólida e uniforme de chocolate, fondant, caramelo ou calda de açúcar, poupando um enorme trabalho manual e transformando qualquer petisco comum em um mimo da confeitaria.

 

O Processo de Cobertura com Chocolate

Na indústria, o processo de cobertura envolve aplicar chocolate para revestir a superfície de produtos como barras de cereais, alfajores, pães de mel ou outras massas assadas, como bolos e biscoitos. O chocolate pode ser aplicado sobre todo o produto (cobertura total) ou apenas na parte de baixo (cobertura inferior) ou pelos lados (cobertura lateral).

Seja qual for o método, a cobrideira deve primeiro aplicar o chocolate sobre a superfície do item e fazer com que a cobertura seja uniforme. Em seguida, o excesso de chocolate precisa ser removido para garantir que o produto tenha o peso ideal e que não fiquem buracos por onde possa entrar ar ou vazar recheio. Após retirar o excesso, a cobrideira deve transportar o produto para um túnel de resfriamento, sem deixar rabicho ou danificar a parte inferior da peça coberta. Ao sair do túnel, o produto estará pronto para ser embalado e armazenado.
 

Como funciona a cobertura com uma cobrideira

Cobrideiras vêm em diferentes formas e formatos. A maioria das linhas de cobertura — especialmente as mais robustas — são compostas de módulos capazes de realizar o derretimento, a temperagem, o transporte e o resfriamento do chocolate. Portanto, uma cobrideira dificilmente trabalhará — de maneira eficiente — sozinha. Apesar de existir a opção de comprar equipamentos separadamente para realizar apenas a cobertura, essa prática não é recomendada. Dispor funcionários para retirar os produtos da cobrideira manualmente é pedir para criar um gargalo na sua linha de produção.

Em uma linha de cobertura industrial, normalmente o funcionamento envolve as seguintes etapas:
 

Derretimento

 
O chocolate é colocado em uma derretedeira e é processado até que esteja na viscosidade ideal para ir para a zona de temperagem.

Uma boa cobrideira possui sistemas de aquecimento para controlar a têmpera do chocolate. Mesmo que não seja voltado para o derretimento, essas áreas de aquecimento também são capazes de derreter chocolate, ainda que muito mais lentamente que uma derretedeira. Caso você não possa investir em uma, pode ser uma opção utilizar esse recurso da cobrideira para derreter seu chocolate.
 

Temperagem

 
O chocolate derretido é transportado para a zona de temperagem onde receberá o choque térmico e será pré-cristalizado, adquirindo o estado ideal para ser utilizado para cobrir. Essa etapa na verdade é opcional se tratando de cobertura. Inclusive, a indústria de alimentos criou um tipo de chocolate que não precisa de temperagem para cristalizar novamente após ser derretido. Nesse caso, o chocolate pode ser colocado diretamente no módulo de cobertura, eliminando a necessidade de utilizar uma temperadeira de chocolate.

Contudo, coberturas fracionadas são conhecidas por não terem gosto de chocolate de verdade, não derreterem facilmente na boca e nem possuírem uma aparência atraente. Por isso, muitos fabricantes não abrem mão da cobertura com chocolates nobres.

Um chocolate nobre (que não possui gorduras hidrogenadas que auxiliam na sua cristalização) precisa ser temperado após derretido para que ele se cristalize em uma forma que tenha uma boa aparência, resistência ao calor e textura crocante.

Cobertura

As barrinhas, pães de mel, alfajores, biscoitos, paçocas, etc. são movidos para uma esteira que transporta o produto através de uma cortina de chocolate, que cobre de maneira uniforme o item. Uma poça de chocolate se forma no fim da cortina e permite a cobertura do fundo do produto. Esses métodos podem ser intercalados, e isso possibilita as cobrideiras modernas realizarem também a cobertura parcial — por cima, por baixo ou pelos lados.

O chocolate derretido que cai da cortina, normalmente volta para a zona de temperagem, se houver uma. Em máquinas sem suporte para esse processo, o mesmo chocolate é transportado novamente para a zona de alimentação da cobrideira.

Algumas máquinas vêm equipadas com um sistema de vibração na esteira, para garantir que a cobertura seja realizada de maneira uniforme na parte inferior do produto. Sopradores de ar também são bastante comuns, e possuem uma função semelhante, retirando o excesso de chocolate do topo do produto e criando um efeito de “sopro” na aparência da casquinha, característico em diversos produtos.

Transporte e Resfriamento

Os produtos cobertos finalmente vão para a etapa de transporte e resfriamento, onde o chocolate é resfriado e sai pronto para receber a embalagem.

Existem duas soluções para automatizar esta etapa:

1. Caso você trabalhe com chocolate fracionado, uma esteira transportadora e um ambiente com ar condicionado são suficientes para resfriar o chocolate até que ele fique sólido novamente.
2. No caso da utilização de chocolate temperado é necessário a integração com túneis de resfriamento, para garantir que o chocolate irá cristalizar. Túneis de resfriamento conseguem além de resfriar, transportar os produtos através da sua linha de produção, eliminando correrias e minimizando dores de cabeça.

 
Existe ainda a opção de retirar e transportar manualmente os produtos para um local de refrigeração. Porém, isso diminui drasticamente a produtividade trabalhando com uma cobrideira.
 

Como decidir qual o tamanho da cobrideira que eu preciso?

Existe uma vasta variedade de tamanhos de cobrideiras, indo desde tamanhos industriais — com esteiras de mais de 2,5m e capazes de cobrir dezenas de milhares de itens por hora — até opções menores, com esteiras de 100mm, voltadas para pequenas produções. Quanto maior a esteira, maior o volume de produção da cobrideira. Essa flexibilidade nos diferentes tamanhos permite você encontrar equipamentos que mais se adequam às necessidades das suas produções.

O processo de compra de uma linha de máquinas industriais envolve uma série de adaptações aos requerimentos específicos de cada produtor de alimentos. No caso das cobrideiras, é possível consultar com fabricantes a possibilidade de construção de maquinário com capacidades especiais. Por exemplo, é possível adquirir uma cobrideira com esteira removível para facilitar a limpeza. Isso é especialmente útil se os recursos humanos da sua empresa são limitados.

Como conclusão, a capacidade de uma cobrideira em se adaptar ao seu negócio para lhe ajudar a produzir melhor é bastante diversa, então se mantenha sempre informado e consciente de todas as opções disponíveis. É importante priorizar suas necessidades primeiro. Algumas máquinas possuem integração com túneis de resfriamento ou esteiras transportadoras, e outras podem vir com bicos decoradores para finalizar produtos com coberturas em linhas retas ou em zig-zag. Os equipamentos que você deve procurar investir dependerão exclusivamente das características e necessidades do seu produto e do seu negócio.